Bem, essas perguntas são frequentes em qualquer fórum ou grupo relacionado ao curso de Serviços Jurídicos e por meio deste texto, quero expor meu ponto de vista sobre o assunto.
Você (graduando ou graduado em SJN) já deve ter tentado cadastrar seu currículo em algum site de empregos ou, tentou fazer seu cadastro com seus dados em um site qualquer, e procurou por essa graduação na lista de cursos superiores e não encontrou, certo? Pois bem, como alguns devem saber, essa graduação foi admitida pelo MEC em 2017, portanto, é um curso novo e o mercado de trabalho ainda não tomou conhecimento dele. Contudo, ao meu ver, isso não é motivo para se chatear ou perder a esperança em ganhar dinheiro com esse diploma, pois vejo um grande potencial para quem deseja ser um profissional liberal e alcançar a tão sonhada independência financeira.
Durante o decorrer do ano letivo, percebi em meus estudos que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), incentiva o trabalho extrajudicial com o intuito de desonerar o já então moroso sistema judiciário brasileiro. A partir daí, comecei a explorar profissões em que o tecnólogo em serviços jurídicos possa atuar de forma independente, na área extrajudicial e administrativa. Contudo, algumas das áreas que irei listar abaixo, necessitam de cursos ou registros específicos.
Poxa, Júnior! Fala sério, quer dizer que somente o diploma em SJN não bastará?
– Não, pessoal. Infelizmente.
Assim como a maioria das graduações, pra que você exerça as profissões, é necessário obter um registro, por exemplo, pra Advogar não basta ser só bacharel em Direito, é obrigatório passar na OAB e pagar a anuidade. Assim como o Contador que precisa obter o registro no CRC, o médico no CRM, nós, graduados em SJN, precisamos nos registrar no CRA – CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO.
Sendo assim, estando cientes dessa condição, vamos começar?
As profissões sugeridas são:
Mediador extrajudicial
O mediador extrajudicial resolve litígios entre as partes, de forma amigável, fazendo com que as partes no conflito encontrem uma solução, sem a necessidade de buscar o poder judiciário para tal. Para ser um mediador extrajudicial, o interessado não é obrigado – necessariamente – ter um diploma na área, basta apenas ter a confiança das partes em conflito. Contudo, nós sugerimos que você busque por um curso na área para aprender as técnicas que envolvem a mediação. Claro, oras! Como você irá mediar um conflito sem deter os devidos conhecimentos?
A profissão de Mediador extrajudicial é uma boa opção, pois é uma atividade legalizada, prevista na lei LEI Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE 2015 e é incentivada pelo CNJ.

Árbitro extrajudicial
O árbitro extrajudicial faz o papel de juiz, escolhido em comum pelas partes para julgar o caso sem a necessidade de acionar o poder judiciário. Sua decisão tem eficácia de sentença judicial. Qualquer pessoa maior de idade pode ser um árbitro extrajudicial e não é necessário ter um diploma ou registro específico na área. Contudo, como indicamos acima, é sensato que o interessado faça um curso para aprender as técnicas e os procedimentos necessários para a execução dessa atividade.

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Controller Jurídico
O controller é o assistente jurídico do futuro. Este profissional é responsável pela controladoria jurídica, utilizando-se de softwares jurídicos para fazer o tratamento e o controle das informações que entram no escritório, ou departamento jurídico. É o Controller quem registra os dados de entrada; gerencia, consulta e organiza os prazos e informações sobre os processos, audiências contratos; faz um organograma das atividades e as gerencia e entrega ao seu chefe todas as informações atualizadas e organizadas sobre as demandas do seu setor. Para ser Controller não é necessário ser graduado, basta apenas fazer um curso profissionalizante na área e entender dos trâmites jurídicos e administrativos.
Recomendamos o curso de CONTROLADORIA JURÍDICA PREMIUN da professora Tatiana Rodrigues, a maior especialista na área aqui no Brasil.

Perito Grafotécnico
O nome é complicado, porém, você irá se acostumar. Este profissional é responsável por verificar a veracidade de assinaturas. Sim, isso mesmo. Ele analisa assinaturas em contratos e documentos e diz se elas são verdadeiras ou falsas. Este Perito tem ganhos excelentes, pois é requisitado por empresas, advogados, pessoas físicas e tribunais de justiça, chegando a cobrar até R$2.500(dois mil e quinhentos reais) por cada perícia particular.
Para ser Perito(a) Grafotécnico, é necessário fazer um curso na área e obter um diploma por uma escola devidamente autorizada.

Agente de registros de imóveis
Muitos colegas estão saindo saindo da faculdade e trabalhando nesta área. O ramo imobiliário é uma das melhores áreas para se atuar no Brasil, devido à alta demanda e às diversas atividades que podem ser exercidas neste seguimento, e uma delas é a de Agente de Registro. Este profissional auxilia, tanto o comprador, quando o vendedor, a regularizar a documentação do imóvel negociado. Ele verifica e organiza a documentação do imóvel, confere os registros em Cartórios, dívidas junto à prefeitura ou estado, contratos, termos e cláusulas do negócio, entre outras. O graduado em SJN, por deter conhecimentos cartoriais e de registro, consegue atuar neste ramo e faturar um bom dinheiro, prestando este serviço para pessoas físicas, empresas, imobiliárias e corretores de imóveis autônomos.

Paralegal Autônomo (ou Correspondente Jurídico)
Por fim, chegamos a última profissão que indicarei a vocês, que é a de: Paralegal. O Paralegal, nada mais é que um profissional que trabalha com atividades juridico-administrativas, simplificando, o Paralegal age em diversas áreas, por exemplo, ele pode acumular várias funções, inclusive essas que foram citadas acima. O Paralegal pode ser Mediador e Árbitro extrajudicial, Perito grafotécnico, e agente de registro de imóveis. Sim, ele pode unir todas essas atribuições/funções e montar o seu escritório de prestação de serviços Paralegais.

Bom, essas são as sugestões de profissões que eu gostaria de compartilhar com vocês. Sendo bem realista, preciso dizer que o nosso caminho não será fácil, pois além do curso ser novo e o mercado não estar ciente da nossa existência, temos a OAB como nossa rival, portanto, precisamos nos unir, debater ideias e fortalecer nossa profissão.
O que acharam das profissões sugeridas? Esqueci de alguma coisa? Discordam de mim? Comentem aí, vamos dialogar!
Achei muito interessante poderia me dar ideia dos valores que vc cobra por serviço
Estou em Uberlândia – Minas gerais
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Olá, Karla! Varias coisas influenciam na hora de precificar um serviço, por exemplo o seu nível de formação, o seu ramo de atuação, o tempo de experiência, a qualidade do trabalho prestado, se você atende em escritório próprio ou home office e etc. Neste artigo eu citei 8 profissões, a sua dúvida de valores de serviço é referente a qual delas?
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Pelo que entendi,todas essas profissões exigem um curso específico ou seja sem a graduação pode atuar nelas com os cursos específicos?
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Olá, Kássya. Todas essas profissões têm cursos específicos e não cobram – necessariamente – a graduação, porém, na graduação em SJN você aprende sobre Mediação, Arbitragem, e demais rotinas cartoriais, podendo atuar como Agente de registros de imóveis ou como despachante documentalista. Essa é uma das vantagens de se graduar neste curso.
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